quinta-feira, abril 26, 2007

Second Life: aprecie com moderação.

Ultimamente tem se falado muito sobre o Second Life, me disseram que daqui a alguns anos eu vou passar mais tempo numa ilha virtual do que na minha First Life. Até quem não entende nada de internet, como a Veja e a Istoé, dedicaram a capa de suas edições ao novo “fenômeno” da rede.

Isso me faz lembrar quando o LD era tido como a grande revolução. Na vitrine de uma loja de produtos importados no shopping eu via aquele disco prateado e pensava que aquilo era realmente o futuro.
Enganei-me, como muitas pessoas se enganaram. A questão é: O Second Life é o LD do momento?

Não descarto a utilidade do Second Life. Penso nesse simulador, assim como nas redes sociais como plataforma embrionária para o que será a internet daqui há alguns anos. Vejo a convergência de serviços e quanto isso pode ser útil para as empresas do ponto de vista prátigo e gerador de receita.


Empolgados com as novidades quase que diárias da rede mundial de computadores a empresas vêem no Second Life o futuro na comunicação na internet.
Apostam corrida em ações pré moldadas e seguem a mais nova tendência: fazer uma ação super impactante que costumam chamar de “festa” dentro do simulador. Tudo muito legal e inovador.

Mas, do ponto de vista prático, o que esse tipo de ação rasa é relevante hoje para a empresa além de gerar assessoria de imprensa e talvez a breve imagem de uma marca inovadora?
Sim, pois dentro do Second Life, o número de brasileiros é muito baixo. Faço-lhe uma pergunta. Você tem um avatar no Second Life? Seus amigos o têm? Quantas vezes por dia entram no simulador?


Ao contrário do Orkut, para fazer parte do Second Life, o usuário tem de ter um computador poderoso para rodar o pesado software, além da controversa popularidade que, segundo a Wikipédia, em fevereiro de 2007 ultrapassou pela primeira vez a barreira de 30 mil usuários logados ao mesmo tempo. Ou seja, no ápice, só 1% dos mais de 3 milhões de cadastrados estavam on-line.


Vejo que, apostar em “festa” hoje no Second Life como se isso fosse a coisa mais inovadora do mundo é balela. Meu conselho: está pensando em investir no Second Life com a intenção de ser uma empresa inovadora? Melhor investir em assessoria de imprensa logo de uma vez ou fazer uma ação voltada ao seu target. Certamente o retorno será maior.

quarta-feira, abril 18, 2007

Na onda dos mapas 2.0

Adivinhem quem está de volta?

www.apontador.com.br

O guia de mapas que fez história em São Paulo na época da bolha está de volta. Cara nova, boas funcionalidades e... free! O Apontador que por algum tempo foi referência na web para localizar endereços em São Paulo, apostou que poderia ganhar dinheiro restringindo o acesso e vendendo assinatura. Doce ilusão. Como parece que na web ninguém quer pagar nada, após alguns anos de completo sumiço o apontador volta com toda pinta de web.2.0.

Resultado de um belo mashup entre a tecnologia Webrasca (a mesma do Guiamais) com o Google earth, o Apontador quer, além de parceiros de conteúdo, aproveitar os conteúdos participativos. Basta se cadastrar para adicionar lugares.

A navegação pelo mapa é bastante rápida e intuitiva. Mas algumas coisas ainda podem (e devem) melhorar. Ter que digitar sempre um endereço inteiro (i.e. Av Paulista, 1000, São Paulo, SP) é trabalhoso demais. Falha também na hora de imprimir o mapa.

Como o logo do Apontador carrega o tão utilizado beta, as coisas devem melhorar. Vou ficar de olho!